Se engana quem pensa que sistemas de softwares ficam prontos ao fim do projeto de desenvolvimento. Na verdade, eles ficam utilizáveis. A ideia é que estejam adaptados para o uso inicial de acordo com as funcionalidades requeridas, com uma finalidade definida. Contudo, sempre há uma mudança a fazer.
Afinal, com o uso, surgem novas questões e possibilidades. Então, mudanças se tornam cada vez mais necessárias.
Por isso, temos uma área voltada a isso: a manutenção de sistemas. Trata-se justamente da concepção de que é preciso sempre alterar algo nos softwares para ajustar a novos cenários e garantir que as aplicações estão otimizadas.
A manutenção também é focada em reparar brechas de segurança, considerando que os softwares lidam com dados e oferecem riscos a quem utiliza.
Saiba mais sobre isso neste conteúdo.
O que é manutenção de sistemas?
A manutenção de sistemas é um processo que sucede o lançamento de um sistema ou a contratação do produto. Envolve ações para atualizar o sistema, reparar brechas, ajustar a novas demandas e cenários, bem como fortalecer aspectos mais frágeis.
É um ato de reparação que visa otimizar o software para o uso contínuo. Não necessariamente é usado apenas para falhas; pode ser simplesmente para tratar questões com base em um cronograma, visando eliminar potenciais problemas.
Algumas ações típicas são:
- correção de bugs;
- atualizações de segurança;
- adição de novas funcionalidades;
- atualização de bibliotecas e frameworks.
A manutenção de sistemas está associada uma cultura, uma visão de que o produto de software nunca está finalizado de fato. Isso tem muito a ver com a metodologia ágil, uma nova filosofia de desenvolvimento que foca em problemas menores e em desenvolvimento e lançamento contínuos.
Na metodologia ágil, nunca se sabe demais sobre o software; sempre se aprende mais, com o uso, com testes, com descobertas do dia a dia.
É preciso sempre aprender mais sobre o contexto, sobre o sistema, para fazer incrementos inteligentes e atualizar a aplicação.
Veremos a seguir com mais detalhes os tipos de manutenção. Cada tipo possui um objetivo distinto, um ângulo distinto e serve para a empresa de formas específicas.
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Importância da manutenção de sistemas
A manutenção de sistemas gera diversos benefícios importantes que ressaltam a necessidade de observar esse processo quando o software está sendo utilizado.
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Redução de custos
Um dos pontos é a diminuição dos gastos associados. Um software bem cuidado, com a devida manutenção em dia, coopera para redução de falhas consideráveis que podem ser custosas para a empresa. Se a manutenção é um processo organizado, a partir da governança do sistema, será preciso menos gastos decorrentes de erros.
Ou seja, é uma forma de tornar o futuro menos trabalhoso e menos dispendioso, com inteligência.
Produtividade
Outro ponto relevante é o aumento de produtividade. Quando o sistema está em dia com correções e mudanças, ele pode se ajustar especificamente ao que a empresa precisa, oferecendo o suporte para as produções diárias. As demandas serão atendidas devidamente — mesmo novas demandas que surgem depois do produto já estar finalizado.
A manutenção é esse olhar para as variáveis do ambiente que afetam o sistema e o tornam desatualizado. E um dos objetivos é justamente elevar a capacidade produtiva.
Maior segurança
Também vale citar o aumento de segurança que se consegue com a manutenção de sistemas. Um dos focos da reparação constante é justamente eliminar brechas e vulnerabilidades, de modo a trazer maior robustez à aplicação.
Isso é muito importante ressaltar em um mundo cada vez mais complexo e cheio de ameaças e riscos virtuais.
Reforçar essa questão é evitar perder dinheiro e assegurar o máximo de produtividade e continuidade operacional.
Escalabilidade
Outra vantagem que demonstra por que é importante fazer manutenção é a escalabilidade. Ao reparar de forma contínua os sistemas, é possível garantir que eles cresçam junto com a empresa, de modo a acompanhar as demandas e a complexidade do cenário proposto.
Ou seja, se a empresa contratou quando era menor e precisa se expandir, o sistema será adaptado para suportar essa mudança e satisfazer novos requisitos.
De quanto em quanto tempo fazer manutenção de sistemas?
A resposta não é tão simples. A manutenção de sistemas deve ser um processo rotineiro e organizado, mas precisa seguir o que a empresa define. Ou seja, o que for melhor para o cronograma da organização.
A frequência de mudanças também está associada ao nicho, a variação do cenário de uso do software, a complexidade do software em si e outras várias questões.
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Quais são os tipos de manutenção de sistemas?
Agora, vamos aprofundar sobre os tipos distintos de manutenção de sistemas. Cada tipo possui uma nuance específica.
1. Manutenção de adaptação
Essa serve primariamente para ajustar a rota do sistema e adaptá-lo a um novo cenário. Mudanças no nicho de mercado, causadas por regulações novas ou novas demandas tecnológicas mesmo. Às vezes surge um novo padrão, um novo framework, e pode ser mais interessante usá-lo, então se adapta o software.
Muitos sistemas tiveram que sofrer essa adaptação nos últimos anos por conta dessas mudanças de leis de tratamento e gestão de dados pessoais no Brasil (como o surgimento da Lei Geral de Proteção de Dados). Isso demandou uma atenção maior para melhorar a gestão do ciclo dos dados.
2. Manutenção corretiva
A manutenção corretiva é a famosa alteração provocada por algum incidente ou alguma falha mais grave. Dessa forma, existe uma demanda por uma mudança mais profunda, para tratar algo que está visível.
Essa manutenção geralmente é uma corrida contra o tempo, para diminuir os danos já existentes de algum problema que afetou a produtividade e a estabilidade interna.
Se o sistema fica instável e sofre com algum bug existente quando se usa, a manutenção corretiva é uma forma de reparar a situação e garantir que o software volte ao normal.
3. Manutenção evolutiva
A manutenção evolutiva é a que envolve mudanças graduais para evoluir o sistema, de acordo com novas demandas e um cenário mais desafiador. Um exemplo perfeito, sem dúvidas, é o caso da empresa que cresceu, expandiu e precisa de um software com novas funcionalidades.
Digamos que uma empresa passou por um processo de fusão com outra e agora se torna bem maior. O software que utiliza precisará agora abranger também processos da outra empresa, de modo a se tornar mais útil para a nova organização.
Essa mudança representa uma evolução, em que se mantém as características atuais, mas se adiciona novas, com o intuito de melhorar e adaptar o sistema. Tende a envolver o desenvolvimento de novas features mesmo, como se fosse um produto distinto.
4. Manutenção preventiva
A manutenção preventiva é um processo organizado e coordenado para prevenir falhas que levam a uma manutenção corretiva, de última hora. O objetivo é preparar os sistemas para permanecer firmes, estáveis, sólidos, sem erros e falhas consideráveis.
Ou seja, é uma forma de antecipar possíveis erros, de modo a evitar que eles aconteçam e gerem despesas e paradas operacionais.
A manutenção preventiva segue fortemente um cronograma, com mudanças programadas e graduais que visam reparar brechas, atualizar o sistema, reforçar com novas tecnologias e muito mais.
Como ações, podemos citar otimização de código, atualizações de limpeza de dados, etc.
Como fazer a manutenção de sistemas?
Quando se pensa em fazer manutenção, é comum se perguntar sobre qual é a melhor solução: um time interno ou terceirizado.
Bem, ter um time interno para isso é uma boa ideia, porém requer bastante esforço e investimento. A empresa terá que ter outro time para resolver os problemas centrais e desenvolver novas soluções, visto que o time principal estará focado em manutenções.
Ou não dará a atenção devida às mudanças necessárias, que, como vimos, são complexas.
Por isso, uma das melhores formas de lidar com essa situação é contratar um time especializado, de fora. Essa equipe pode atender precisamente as demandas de manutenção, oferecendo tudo o que a empresa precisa em todas as nuances.
Ou seja, é possível fazer manutenções corretivas, adaptativas, evolutivas e preventivas, de modo a sanar todas as necessidades.
Além disso, a empresa mantém o controle do projeto e pode demandar o nível de qualidade que desejar. Indicadores ajudam a alinhar a expectativa e assegurar a eficiência necessária para atingir os resultados.
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Conclusão
A manutenção de sistemas é uma forma de assegurar que as aplicações permanecerão fortes, consistentes e sólidas com o tempo, mesmo diante de mudanças e novas necessidades que surgem.
Com as variações do mercado, essa manutenção garante o cuidado e a observância dos pontos mais complexos, de modo a corrigir bugs, atualizar e otimizar o código, limpar o código, tratar brechas de segurança e mais.
Além disso, a empresa mantém o controle do projeto e pode demandar o nível de qualidade que desejar. Indicadores ajudam a alinhar a expectativa e assegurar a eficiência necessária para atingir os resultados, além de contar com uma a área de QA.